Este foi apenas o segundo triunfo merengue fora do Santiago Bernabéu nesta edição do Campeonato Espanhol. Isso explica um pouco a diferença de oito pontos que separa o líder Barcelona do Real Madrid, apenas o quarto colocado, com 17. Apesar da atuação para lá de apática, o Mallorca está no meio da tabela, com 11, na sétima colocação.
A exemplo do que acontecera no meio de semana, na derrota para o Borussia pela Liga dos Campeões, Mourinho optou por deixar Kaká no banco de reservas. Com isso, armou a equipe com Özil, Modric, e Di María no apoio a Higuaín e Cristiano Ronaldo. O treinador lançou novamente Essien na vaga do lesionado Marcelo, na lateral esquerda, medida que gerou críticas por parte da imprensa espanhola nos últimos dias.
Além do triunfo, Mourinho pôde voltar ao Iberostar, estádio no qual fez sua estreia em uma partida oficial como treinador do Real Madrid há mais de dois anos. Na ocasião, em 29 de agosto de 2010, no entanto, o time merengue tropeçou e ficou num empate sem gols com o Mallorca. Ao menos, o jogo abriu uma série invicta de 12 jogos do treinador à frente da equipe.
Antes de voltar suas atenções novamente para o Campeonato Espanhol, em duelo contra o Zaragoza no fim de semana que vem, o Real vai a campo nesta quarta-feira pela Copa do Rei, contra o Alcoyano, fora de casa. Já o Mallorca terá o La Coruña pela frente na próxima rodada da liga nacional.
Real põe as coisas em ordem já no início
Superior desde o primeiro minuto, o Real não demorou muito tempo até abrir o placar. Após uma falha infantil do zagueiro brasileiro Anderson Conceição, ex-Criciúma e Figueirense, Higuaín se viu livre com a bola dentro da área adversária. Após a bomba, o goleiro Aouate nada pôde fazer.
Pouco depois, aos 9, Cristiano Ronaldo tentou surpreender de longe, mas mandou nas mãos do goleiro. No minuto seguinte, ele tentou novamente, errando o alvo. O Gajo queria jogo desde o início, embora não estivesse exatamente com a mira precisa. Nada que fosse durar muito tempo.
No momento em que o Mallorca começava a se soltar um pouco mais, Cristiano Ronaldo tratou de ampliar a vantagem aos 21. A bola rolou de pé em pé pelo quarteto ofensivo e, após passar por Di María, Özil e Higuaín, o português recebeu na área, dominou e soltou uma bomba cruzada para superar o goleiro rival: 2 a 0.
Apesar de uma chance isolada criada por Fontàs, o Mallorca seguia inferior no jogo. Prova disso foram as oportunidades desperdiçadas por Cristiano Ronaldo e Modric – ambas em passes de Özil. Na primeira delas, o português mandou sobre o travessão, enquanto o croata chutou à esquerda de Aouate. E foi o suficiente pelo primeiro tempo.
Eficiência na etapa final
A etapa final começou de forma muito sonolenta, e o Real parecia ter voltado do vestiário com o freio de mão puxado, satisfeito com a vantagem que havia obtido nos 45 minutos iniciais. Ao menos, os anfitriões também não apresentavam maiores riscos à meta de Casillas.
Mas quem tem nomes como Cristiano Ronaldo e Higuaín no time pode mudar o jogo a qualquer momento. E foi isso que aconteceu a 20 minutos do fim. Grandes nomes da etapa de abertura, com um gol cada, o português deixou o argentino na cara do gol para concluir. A retribuição foi logo na sequência. Aos 27, o o Gajo recebeu belo presente de Higuaín e acabou com possibilidade de reação adversária: 4 a 0 Real. Nos acréscimos, Callejón, que saiu do banco de reservas, ainda deixou sua marca só para não dizer que Cristiano Ronaldo e Higuaín fizeram tudo sozinhos.
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