A vitória da seleção brasileira sobre a Argentina por 2 a 1, no estádio Serra Dourada, pelo Superclássico das Américas, salvou o fim de noite de Mano Menezes nesta quarta-feira. O gol de pênalti marcado por Neymar, já nos acréscimos, evitou vaias sem precedentes ao treinador desde que ele assumiu o comando verde e amarelo. Até porque, antes disso, os mais de 37 mil torcedores o tinham chamado de burro, dado adeus ao treinador e pedido o retorno de Luiz Felipe Scolari, técnico do pentacampeonato.
O clima começou a ficar ruim para o comandante da Seleção quando ele sacou Luis Fabiano para a entrada de Leandro Damião. Mas até aí eram apenas vaias. Quando resolveu trocar Lucas por Wellington Nem, a reação das arquibancadas foi completamente diferente à de apoio no início da partida. Definitivamente, a sombra de Felipão, demitido do Palmeiras, entrou em ação.
Durante a tarde desta quarta-feira, em evento no Palácio das Esmeraldas, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que Goiânia receberá a Seleção na preparação para a Copa das Confederações. E lá foi questionado sobre o fato de Scolari, campeão do mundo em 2002, estar no mercado. A resposta foi evasiva: "Minha preocupação é a CBF. E o treinador da seleção brasileira é o Mano Menezes".
Se as vaias dos paulistas na vitória sobre a África do Sul, no Morumbi, tinham sido de certa forma esquecidas por conta da goleada sobre a China, por 8 a 0, no Recife, a forte pressão em Goiânia deve mexer mais com a comissão técnica e também com os jogadores, que não tiveram uma boa atuação, à exceção de Paulinho, autor do gol, e de Neymar, sempre perigoso com suas jogadas individuais.
A partida de volta do Superclássico das Américas será no próximo dia 3 de outubro, em Resistencia, na Argentina, e o Brasil joga por um empate para ficar com a taça. Como não há vantagem por gol marcado na casa do adversário, os hermanos têm de vencer por dois ou mais gols de diferença. Triunfo por apenas um levará a decisão para os pênaltis.
Premonição goiana
É verdade que a goleada de 8 a 0 sobre a China já tinha ajudado a Seleção a esquecer um pouco das vaias recebidas em São Paulo, no triunfo por 1 a 0 sobre a África do Sul. Mas o hino cantado à capela pela torcida goiana nesta noite (o sistema de som parou de tocá-lo na metade) deu uma injeção de ânimo no grupo. Emocionante.
Com a bola rolando, o time de Mano Menezes mostrou que estava cheio de vontade. Ora com Lucas, ora com Neymar, o Brasil tentava chegar pelas pontas do campo, já que o meio estava totalmente congestionado pelos três volantes escalados por Alejandro Sabella do outro lado. Melhor, a Seleção não conseguia finalizar.
A superioridade brasileira era tão expressiva que até os 19 minutos a posse de bola verde e amarela era de 72%. Mas no futebol o que conta é bola na rede. E a Argentina foi mais eficiente. Clemente Rodriguez cruzou da esquerda, e o corintiano Martinez dominou e chutou forte, deixando o goleiro Jefferson sem reação.
Xodó da torcida goiana, Luis Fabiano, que teve seu nome gritado várias vezes, tentou responder no minuto seguinte, mas chutou muito longe. Muito mesmo. Em desvantagem, o Brasil contou com o apoio incondicional da torcida para manter a calma, seguir com boa posse de bola e buscar o empate.
Igualdade que veio de maneira premonitória. Aos 25, Lucas sofreu falta na direita. Quando Neymar se preparava para a cobrança, a torcida começou a gritar "gol, gol, gol, gol". Deu certo! O craque santista cruzou para área, e o corintiano Paulinho, impedido, desviou de cabeça: 1 a 1.
"Adeus, Mano" e "Volta, Felipão", os hits da torcida
Para o segundo tempo, não houve alteração de nenhum dos lados. O jogo também continuou igual: a Argentina bem cautelosa, esperando um erro adversário para encaixar um contra-ataque, e o Brasil, sem conseguir fazer o jogo coletivo fluir, apostando nas jogadas individuais e nos lançamentos de longa distância.
Com Lucas aberto do lado direito e Neymar do lado esquerdo, o Brasil começou a abrir mais espaços depois dos dez minutos. Mas ainda faltava alguém para arrematar. Ou então para ajudar na armação e surpreender os hermanos. Foi então que Mano Menezes decidiu sacar Jadson, aos 17, e colocar Thiago Neves.
O meia do Fluminense tentou acelerar a partida, dar mais velocidades às jogadas, só que a Argentina estava fechada demais. Luis Fabiano, por exemplo, quase não viu a bola chegar ao ataque. Na tentativa de dar sangue novo também nesse aspecto, Mano colocou Leandro Damião na vaga do Fabuloso. Ouviu algumas vaias.
Conforme os minutos se passavam, a torcida, antes empolgada, passou a ficar mais quieta no Serra Dourada. Natural, já que o jogo ficou bem morno. Só que aos 29 minutos, quando Mano sacou Lucas para a entrada Wellington Nem, ela acordou. E de mau humor. Gritou "burro", pediu por Felipão e acrescentou um "Adeus, Mano".
E mesmo após as reclamações dos torcedores, a partida continuou morna. Só esquentou mesmo aos 39, quando Neymar se estranhou com Braña ao tentar cobrar uma falta com rapidez. E o que parecia um drama para o Brasil se transformou em alegria nos acréscimos. Désabato chegou atrasado no lance e derrubou Leandro Damião na área. Pênalti para a Seleção. Neymar cobrou e garantiu o triunfo brasileiro.
O clima começou a ficar ruim para o comandante da Seleção quando ele sacou Luis Fabiano para a entrada de Leandro Damião. Mas até aí eram apenas vaias. Quando resolveu trocar Lucas por Wellington Nem, a reação das arquibancadas foi completamente diferente à de apoio no início da partida. Definitivamente, a sombra de Felipão, demitido do Palmeiras, entrou em ação.
Durante a tarde desta quarta-feira, em evento no Palácio das Esmeraldas, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que Goiânia receberá a Seleção na preparação para a Copa das Confederações. E lá foi questionado sobre o fato de Scolari, campeão do mundo em 2002, estar no mercado. A resposta foi evasiva: "Minha preocupação é a CBF. E o treinador da seleção brasileira é o Mano Menezes".
Se as vaias dos paulistas na vitória sobre a África do Sul, no Morumbi, tinham sido de certa forma esquecidas por conta da goleada sobre a China, por 8 a 0, no Recife, a forte pressão em Goiânia deve mexer mais com a comissão técnica e também com os jogadores, que não tiveram uma boa atuação, à exceção de Paulinho, autor do gol, e de Neymar, sempre perigoso com suas jogadas individuais.
A partida de volta do Superclássico das Américas será no próximo dia 3 de outubro, em Resistencia, na Argentina, e o Brasil joga por um empate para ficar com a taça. Como não há vantagem por gol marcado na casa do adversário, os hermanos têm de vencer por dois ou mais gols de diferença. Triunfo por apenas um levará a decisão para os pênaltis.
Premonição goiana
É verdade que a goleada de 8 a 0 sobre a China já tinha ajudado a Seleção a esquecer um pouco das vaias recebidas em São Paulo, no triunfo por 1 a 0 sobre a África do Sul. Mas o hino cantado à capela pela torcida goiana nesta noite (o sistema de som parou de tocá-lo na metade) deu uma injeção de ânimo no grupo. Emocionante.
Com a bola rolando, o time de Mano Menezes mostrou que estava cheio de vontade. Ora com Lucas, ora com Neymar, o Brasil tentava chegar pelas pontas do campo, já que o meio estava totalmente congestionado pelos três volantes escalados por Alejandro Sabella do outro lado. Melhor, a Seleção não conseguia finalizar.
A superioridade brasileira era tão expressiva que até os 19 minutos a posse de bola verde e amarela era de 72%. Mas no futebol o que conta é bola na rede. E a Argentina foi mais eficiente. Clemente Rodriguez cruzou da esquerda, e o corintiano Martinez dominou e chutou forte, deixando o goleiro Jefferson sem reação.
Xodó da torcida goiana, Luis Fabiano, que teve seu nome gritado várias vezes, tentou responder no minuto seguinte, mas chutou muito longe. Muito mesmo. Em desvantagem, o Brasil contou com o apoio incondicional da torcida para manter a calma, seguir com boa posse de bola e buscar o empate.
Igualdade que veio de maneira premonitória. Aos 25, Lucas sofreu falta na direita. Quando Neymar se preparava para a cobrança, a torcida começou a gritar "gol, gol, gol, gol". Deu certo! O craque santista cruzou para área, e o corintiano Paulinho, impedido, desviou de cabeça: 1 a 1.
"Adeus, Mano" e "Volta, Felipão", os hits da torcida
Para o segundo tempo, não houve alteração de nenhum dos lados. O jogo também continuou igual: a Argentina bem cautelosa, esperando um erro adversário para encaixar um contra-ataque, e o Brasil, sem conseguir fazer o jogo coletivo fluir, apostando nas jogadas individuais e nos lançamentos de longa distância.
Com Lucas aberto do lado direito e Neymar do lado esquerdo, o Brasil começou a abrir mais espaços depois dos dez minutos. Mas ainda faltava alguém para arrematar. Ou então para ajudar na armação e surpreender os hermanos. Foi então que Mano Menezes decidiu sacar Jadson, aos 17, e colocar Thiago Neves.
O meia do Fluminense tentou acelerar a partida, dar mais velocidades às jogadas, só que a Argentina estava fechada demais. Luis Fabiano, por exemplo, quase não viu a bola chegar ao ataque. Na tentativa de dar sangue novo também nesse aspecto, Mano colocou Leandro Damião na vaga do Fabuloso. Ouviu algumas vaias.
Conforme os minutos se passavam, a torcida, antes empolgada, passou a ficar mais quieta no Serra Dourada. Natural, já que o jogo ficou bem morno. Só que aos 29 minutos, quando Mano sacou Lucas para a entrada Wellington Nem, ela acordou. E de mau humor. Gritou "burro", pediu por Felipão e acrescentou um "Adeus, Mano".
E mesmo após as reclamações dos torcedores, a partida continuou morna. Só esquentou mesmo aos 39, quando Neymar se estranhou com Braña ao tentar cobrar uma falta com rapidez. E o que parecia um drama para o Brasil se transformou em alegria nos acréscimos. Désabato chegou atrasado no lance e derrubou Leandro Damião na área. Pênalti para a Seleção. Neymar cobrou e garantiu o triunfo brasileiro.
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