Desde que mudou de nome e formato em 2009, a Liga Europa ainda busca uma identidade. Mas hoje é inevitável não associá-la ao nome de Radamel Falcao García. Filho de um fã de Paulo Roberto Falcão, Rei de Roma e dos maiores ídolos do Internacional, o centroavante colombiano ratificou nesta quarta-feira todo o seu brilho na competição continental. Quem agradeceu dessa vez foi o Atlético de Madri, que tornou-se bicampeão ao derrotar o Athletic Bilbao, por 3 a 0, em final realizada no Estádio Nacional de Bucareste, na Romênia. Com direito a dois golaços dele, é claro. O brasileiro Diego, também em grande lance individual, fechou o caixão no fim.
Desta forma, Falcao também se consagrou como o único jogador artilheiro da Liga Europa por duas vezes consecutivas. Em 2010/2011, em temporada ainda mais brilhante, ele já havia anotado 17 gols com a camisa do Porto, que também levou o título. A atual lhe rendeu 12 - os dois tentos na decisão o fizeram ultrapassar o holandês Klaas-Jan Huntelaar, do Schalke 04, eliminado nas quartas de final.
A conquista já dá o direito ao Atlético de defender o posto na próxima temporada - como aconteceu quando superou o Fulham, em 2010 -, mas o time comandado pelo argentino Diego Simeone pode não disputar a competição caso consiga se classificar para a Liga dos Campeões. Para isso acontecer, os colchoneros precisam derrotar o Villarreal, fora de casa, e torcer por um tropeço do Málaga diante do Sporting Gijón. Ambos os jogos, válidos pela última rodada do Campeonato Espanhol, serão disputados no domingo, às 15h (de Brasília).
Apesar da decepção do vice-campeonato, o Athletic Bilbao terá logo de levantar a cabeça. A situação no Espanhol já está definida - a equipe de Marcelo "Loco" Bielsa está em 10º, com 47 pontos -, mas ainda entrará em campo na final da Copa do Rei, no dia 25, diante do Barcelona, no Vicente Calderón.
Ligados pelo passado
Além da disputa pelo caneco, havia também uma relação histórica em campo. Tudo porque o clube madrilenho foi fundado em 1903 por estudantes bascos que viviam na capital e tinham o desejo de fundar uma filial do Athletic na capital espanhola. No início, o Athletic Club de Madri não podia enfrentar o Athletic e tinha a obrigação de ceder seus melhores jogadores à equipe do País Basco. Os colchoneros foram conquistando sua independência aos poucos, até que em 1921 houve a primeira final entre "pai e filho". O Bilbao goleou por 4 a 1 e sagrou-se campeão da Copa do Rei.
Apesar dos mais de 100 anos de história e de tratarem-se de dois dos mais tradicionais clubes da Espanha, Atlético e Athletic enfrentaram-se poucas vezes em decisões - todas válidas pela Copa do Rei. O Bilbao leva vantagem: depois de 1921, venceu em 1956 por 2 a 1 de virada e perdeu por 2 a 1 em 1985.
Os golaços
O Atlético nem precisou de muita inspiração coletiva para abrir grande vantagem já na etapa inicial. Bastou contar com o iluminado Falcao García, que converteu duas das suas três finalizações contra o gol do Bilbao. O primeiro saiu aos sete minutos: ele recebeu de Diego na direita, invadiu a área, pedalou sobre Amorebieta e, mesmo sem ângulo, encontrou um chutaço com a canhota no ângulo de Iraizoz. Foi a sexta assistência do meia brasileiro na competição - além de Diego, o zagueiro Miranda e o lateral Filipe Luís foram outros brasileiros em campo.
Entre duas boas chances do Bilbao, o colombiano tratou de silenciar a metade do Estádio Nacional de Bucareste. Aos 34, Arda Turan aproveitou o vacilo de Amorebieta e cruzou rasteiro. Já na pequena área, porém muito marcado, Falcao se livrou com um simples giro e, também de esquerda, mandou para o fundo das redes.
A pressão
Se faltava um pouco de "loucura" a Bielsa, ele tratou de pôr o Bilbao em cima do Atlético no segundo tempo. Com três substituições até os 17 minutos, os bascos pressionaram e chegaram muito perto do gol em algumas oportunidades. Logo no primeiro minuto, Susaeta fez ótima enfiada para Muniain, que tentou chute forte e acabou travado por Miranda.
O jogo se transformou em ataque contra a defesa conforme foi se aproximando do fim. Aos 25, Ibai Gómez aproveitou sobra com um chutaço de direita e arrancou suspiros da torcida. Aos 27, novamente Gómez obrigou Courtois a espalmar bola difícil. De Marcos jogou o rebote por cima do gol. O goleiro voltou a salvar o Atlético a salvar aos 34 minutos, em conclusão de Susaeta.
Pressionar significa também ceder espaços. E por pouco o Atlético não fechou o caixão com antecipação. Aos 35, em contra-ataque muito rápido, Falcao García cortou um marcador já na grande área e bateu colocado. A bola caprichosamente acertou a trave e impediu o chamado hat-trick (três gols) do centroavante.
Não teve problema para o Atlético. Aos 39, Diego assumiu o papel de protagonista e também colocou o seu nome na história. Novamente em contra-ataque, o meia brasileiro avançou com liberadade, passou por dois defensores e concluiu de esquerda, no cantinho de Iraizoz. Enquanto os "filhos" faziam a festa, o "pai" desabava em choro.
Desta forma, Falcao também se consagrou como o único jogador artilheiro da Liga Europa por duas vezes consecutivas. Em 2010/2011, em temporada ainda mais brilhante, ele já havia anotado 17 gols com a camisa do Porto, que também levou o título. A atual lhe rendeu 12 - os dois tentos na decisão o fizeram ultrapassar o holandês Klaas-Jan Huntelaar, do Schalke 04, eliminado nas quartas de final.
A conquista já dá o direito ao Atlético de defender o posto na próxima temporada - como aconteceu quando superou o Fulham, em 2010 -, mas o time comandado pelo argentino Diego Simeone pode não disputar a competição caso consiga se classificar para a Liga dos Campeões. Para isso acontecer, os colchoneros precisam derrotar o Villarreal, fora de casa, e torcer por um tropeço do Málaga diante do Sporting Gijón. Ambos os jogos, válidos pela última rodada do Campeonato Espanhol, serão disputados no domingo, às 15h (de Brasília).
Apesar da decepção do vice-campeonato, o Athletic Bilbao terá logo de levantar a cabeça. A situação no Espanhol já está definida - a equipe de Marcelo "Loco" Bielsa está em 10º, com 47 pontos -, mas ainda entrará em campo na final da Copa do Rei, no dia 25, diante do Barcelona, no Vicente Calderón.
Ligados pelo passado
Além da disputa pelo caneco, havia também uma relação histórica em campo. Tudo porque o clube madrilenho foi fundado em 1903 por estudantes bascos que viviam na capital e tinham o desejo de fundar uma filial do Athletic na capital espanhola. No início, o Athletic Club de Madri não podia enfrentar o Athletic e tinha a obrigação de ceder seus melhores jogadores à equipe do País Basco. Os colchoneros foram conquistando sua independência aos poucos, até que em 1921 houve a primeira final entre "pai e filho". O Bilbao goleou por 4 a 1 e sagrou-se campeão da Copa do Rei.
Apesar dos mais de 100 anos de história e de tratarem-se de dois dos mais tradicionais clubes da Espanha, Atlético e Athletic enfrentaram-se poucas vezes em decisões - todas válidas pela Copa do Rei. O Bilbao leva vantagem: depois de 1921, venceu em 1956 por 2 a 1 de virada e perdeu por 2 a 1 em 1985.
Os golaços
O Atlético nem precisou de muita inspiração coletiva para abrir grande vantagem já na etapa inicial. Bastou contar com o iluminado Falcao García, que converteu duas das suas três finalizações contra o gol do Bilbao. O primeiro saiu aos sete minutos: ele recebeu de Diego na direita, invadiu a área, pedalou sobre Amorebieta e, mesmo sem ângulo, encontrou um chutaço com a canhota no ângulo de Iraizoz. Foi a sexta assistência do meia brasileiro na competição - além de Diego, o zagueiro Miranda e o lateral Filipe Luís foram outros brasileiros em campo.
Entre duas boas chances do Bilbao, o colombiano tratou de silenciar a metade do Estádio Nacional de Bucareste. Aos 34, Arda Turan aproveitou o vacilo de Amorebieta e cruzou rasteiro. Já na pequena área, porém muito marcado, Falcao se livrou com um simples giro e, também de esquerda, mandou para o fundo das redes.
A pressão
Se faltava um pouco de "loucura" a Bielsa, ele tratou de pôr o Bilbao em cima do Atlético no segundo tempo. Com três substituições até os 17 minutos, os bascos pressionaram e chegaram muito perto do gol em algumas oportunidades. Logo no primeiro minuto, Susaeta fez ótima enfiada para Muniain, que tentou chute forte e acabou travado por Miranda.
O jogo se transformou em ataque contra a defesa conforme foi se aproximando do fim. Aos 25, Ibai Gómez aproveitou sobra com um chutaço de direita e arrancou suspiros da torcida. Aos 27, novamente Gómez obrigou Courtois a espalmar bola difícil. De Marcos jogou o rebote por cima do gol. O goleiro voltou a salvar o Atlético a salvar aos 34 minutos, em conclusão de Susaeta.
Pressionar significa também ceder espaços. E por pouco o Atlético não fechou o caixão com antecipação. Aos 35, em contra-ataque muito rápido, Falcao García cortou um marcador já na grande área e bateu colocado. A bola caprichosamente acertou a trave e impediu o chamado hat-trick (três gols) do centroavante.
Não teve problema para o Atlético. Aos 39, Diego assumiu o papel de protagonista e também colocou o seu nome na história. Novamente em contra-ataque, o meia brasileiro avançou com liberadade, passou por dois defensores e concluiu de esquerda, no cantinho de Iraizoz. Enquanto os "filhos" faziam a festa, o "pai" desabava em choro.
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