domingo, 5 de janeiro de 2014

Maior craque do futebol português, Eusébio morre aos 71 anos

              


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Eusébio da Silva Ferreira, considerado o melhor jogador português de todos os tempos, morreu neste domingo aos 71. O ex-craque, que tinha a saúde debilitada havia algum tempo, sofreu uma parada cardiorrespiratória, informou o Benfica, clube que ele defendeu na maior parte da carreira. 

Conhecido como "Pantera Negra", Eusébio sofria diversos problemas de saúde desde 2012, quando foi hospitalizado por causa de um derrame cerebral enquanto acompanhava a seleção portuguesa na Eurocopa, na Polônia.

Pantera Negra: de Moçambique para Portugal

Eusébio tinha a saúde debilitada desde 2012, quando havia sofrido um acidente vascular cerebral Foto: Getty Images
Eusébio tinha a saúde debilitada desde 2012, quando havia sofrido um acidente vascular cerebral
Foto: Getty Images

Considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, a carreira do atacante português Eusébio foi marcada por títulos e prêmios individuais. Apelidado como “Pantera Negra”, o ex-atleta, que ficou conhecido pelo poder de finalização, marcou 733 gols em 745 jogos e se tornou um dos maiores atletas da história de Portugal. 

Filho de pai angolano e mãe moçambicana, Eusébio Ferreira da Silva nasceu no dia 25 de janeiro de 1942, no bairro de Mafalala, em Moçambique. Sua infância foi marcada desde o início pelo esporte, quando costumava faltar às aulas para jogar futebol.

Talentoso desde pequeno, Eusébio começou a carreira em 1958, no Sporting Lourenço Marques, clube localizado em Moçambique e filial do famoso Sporting Clube de Portugal. O sucesso quase instantâneo fez com que o ex-atacante se destacasse e despertasse o interesse de diversos clubes.

​"Quase" são-paulino

Em 1960, o ex-jogador quase atuou no futebol brasileiro, quando foi indicado ao São Paulo. No entanto, o clube paulista preferiu não investir na contratação. No mesmo ano, após uma longa queda de braço com o Sporting, Eusébio se mudou para Portugal e fechou com o Benfica, clube com o qual se consagraria um dos maiores atletas do futebol mundial.

Logo em sua primeira partida, Eusébio conquistou a torcida ao marcar três dos quatro gols da vitória do clube português contra o Atlético. Um ano depois, ele se tornou mundialmente conhecido ao marcar dois gols no triunfo sobre o poderoso Real Madrid na partida que deu ao Benfica o título europeu.

Ídolo do Benfica

Eusébio ao lado do alemão Gerd Müller. Craque nasceu em Moçambique, antiga colônia portuguesa Foto: AFP
Eusébio ao lado do alemão Gerd Müller. Craque nasceu em Moçambique, antiga colônia portuguesa
Foto: AFP

Ainda em 62, o craque de Portugal enfrentou o Santos de Pelé no Mundial de Clubes e foi derrotado. Com a equipe, o ex-atacante chegou a mais três decisões europeias – a última em 1968, quando o time foi batido na prorrogação pelo Manchester United.

Já consagrado e considerado o melhor jogador do mundo ao ter recebido a Bola de Ouro, Eusébio viveu o auge de sua carreira internacional em 1966, quando liderou a seleção portuguesa até as semifinais da Copa do Mundo, eliminando o Brasil durante a campanha e caindo apenas diante da anfitriã Inglaterra. Com a seleção, o ex-atacante fez 64 jogos e anotou 41 gols.

Além das grandes atuações, ele também se tornou artilheiro da competição mundial com nove gols. Dois anos mais tarde, o “Pantera Negra” se tornaria o primeiro jogador a receber a Chuteira de Ouro, após marcar 43 gols na temporada 1968. A relação do ex-jogador com o Benfica durou até 1975. 

Após 11 títulos nacionais e cinco Taças de Portugal, Eusébio deixou de vestir a camisa vermelha. Ainda teve passagens por clubes como Boston Minutemen, Toronto Metros-Croatia e Las Vegas Quicksilvers, mas nunca mais conseguiu o mesmo sucesso como atleta. Após atuar no Buffalo Stallions na temporada 1979/80, o craque português deixou os gramados.




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Fim de carreira

Em novembro de 2011, O ex-atacante esteve no Brasil para participar de um evento esportivo e acusou Pelé de abusar da violência na vitória de Portugal sobre a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966. Além disso, Eusébio “desdenhou” do ex-camisa 10 do Santos e apontou Garrincha como o melhor jogador brasileiro de todos os tempos.

As atuações dentro de fizeram com que Eusébio se tornasse um dos atletas mais reconhecidos pela Fifa depois de encerrar a carreira e chegou a ser eleito o nono maior jogador do século 20 pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol. Atualmente, o Estádio da Luz, casa do Benfica, possui uma estátua do craque português no portão de entrada.

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