domingo, 30 de junho de 2013

Uruguai x Itália: prêmio de consolação

Uruguai x Itália: prêmio de consolação

http://oglobo.globo.com/copa-2014/uruguai-italia-premio-de-consolacao-8861905

  • Duas seleções se enfrentam hoje em Salvador pelo terceiro lugar no torneio
  • As duas equipes apresentaram nas semifinais, contra os favoritos Brasil e Espanha, mais do que se esperava delas
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Miguel Caballero* (Email · Facebook · Twitter)
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Mesmo com o pênalti perdido contra o Brasil, Forlán deverá entrar em campo contra a Itália
Foto: FOTO: Guito Moreto / Agência O Globo
Mesmo com o pênalti perdido contra o Brasil, Forlán deverá entrar em campo contra a Itália FOTO: Guito Moreto / Agência O Globo
SALVADOR — Derrotas honrosas não enchem salas de troféus, dirão os pragmáticos, mas as seleções de Itália e Uruguai, que se enfrentam às 13h, na Fonte Nova, em Salvador, pelo terceiro lugar da Copa das Confederações, têm motivos para entrar em campo de cabeça erguida e orgulhosas neste jogo que muitas vezes tem uma atmosfera de anticlímax.


Ambas apresentaram, nas semifinais, contra os favoritos Brasil e Espanha, mais do que se esperava delas. Os uruguaios, diante de um Mineirão lotado, fizeram jogo duríssimo contra a seleção brasileira, e por pouco não estragaram a festa dos anfitriões. A Itália foi ainda mais dura de ser batida, e a “melhor seleção do mundo” conseguiu superá-la apenas nos pênaltis, após 120 minutos de uma partida extremamente equilibrada.
‘Não é um jogo de festa’
A sensação de que foram até o máximo que poderiam dá o tom nos dois lados. Sem obrigação de vencer, a expectativa é por um jogo aberto, mas isso não deve ser confundido com falta de pretensão de ganhar ou relaxamento, fez questão de deixar claro o atacante uruguaio Luis Suárez, artilheiro histórico da Celeste com 35 gols marcados, três deles na atual competição.
— Não é um jogo de festa. Cada vez que vestimos a camisa da seleção é um orgulho, um prestígio. Terminar na posição mais alta possível é importante para a gente. No último Mundial, perdemos a decisão de terceiro lugar para a Alemanha — recordou o atacante do Liverpool.
A Itália mais uma vez terá que superar dificuldades. Os dois principais jogadores da equipe não atuarão. O atacante Balotelli, cortado ao fim da primeira fase por lesão, já voltou à Itália, e o volante Pirlo foi vetado do jogo de hoje por causa do cansaço muscular.
Para duas seleções que pretendem voltar ao Brasil no ano que vem, uma vitória na Fonte Nova será a certeza de ter deixado uma boa última impressão.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Neymar manda beijos, Paulinho decide, Brasil bate Uruguai e vai à final

Em cobrança de escanteio do atacante para o volante, Seleção resolve clássico de puro coração contra a Celeste, e agora espera adversário do Rio
  • A CRÔNICA
por Alexandre Lozetti
1 comentário
Beijinho, beijinho, tchau, tchau! Quando era baixinho, Neymar deve ter curtido o bordão de Xuxa. Agora, criança grande, moleque arteiro, não o esqueceu. Beijinho pra você, Alvaro González! E tchau pra vocês, Uruguai! Foram duas cobranças de escanteio nos minutos finais. Na primeira, o beijo serviu como resposta à provocação do uruguaio. Na segunda, o passe perfeito para o craque Paulinho serviu para aliviar o peito de milhões de brasileiros: vitória por 2 a 1 sobre a Celeste no Mineirão, na semifinal da Copa das Confederações.
O Brasil está na decisão. Superou a velocidade asiática do Japão, a resistência latina do México, a disciplina tática europeia da Itália, e agora passou por um Uruguai que tem tudo isso e mais um pouco. Tem raça, história, respeito, Cavani, Suárez, Lugano... Mas o Brasil foi mais. Talvez tenha sido menos time, mas foi maior nos braços de Julio César, mais decisivo no lançamento e na cabeçada de Paulinho, mais oportunista na inteligência de Fred, mais genial em Neymar.
Mais coração! Quem achou que seria fácil bater o Uruguai se enganou. Muito mais do que a pressão colocada por Lugano no árbitro Enrique Osses, a Celeste jogou no seu limite. Merece aplausos. Os últimos minutos, com goleiro Muslera na área, tensão nas 57.483 pessoas que foram ao Mineirão, provaram que este duelo é, sim, um dos maiores clássicos do planeta.
Paulinho gol Brasil Uruguai (Foto: AFP)Herói da partida, Paulinho comemora seu gol, decisivo para a vitória brasileira (Foto: AFP)
Mas o Brasil está na final. Que nos perdoem os jogadores que terão pela frente craques como Iniesta, Xavi e companhia, mas o mundo clama por um duelo contra a Espanha. A Seleção jogará a final no próximo domingo, às 19h, no Maracanã, contra o vencedor do duelo entre La Roja e a Itália, que se enfrentam na quinta-feira em Fortaleza. O Uruguai vai a Salvador tentar o terceiro lugar diante de quem perder o clássico europeu.
Entretanto, se o Mineirão lotado comemorou a vitória sobre o Uruguai, do lado de fora do estádio milhares de pessoas fizeram mais um dia de protestos pelas principais vias de Belo Horizonte. Com as ruas no entorno do Mineirão fechadas, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar de Minas Gerais. A cobertura completa você acompanha no G1.
Verde, amarelo e vermelho
Poucas cores são tão tradicionais no futebol mundial quanto a amarelinha do Brasil e a Celeste uruguaia. Mas quis o destino que o vermelho brilhasse no primeiro tempo. A cor da roupa, do coração e do sangue que corre nas veias de Julio César, inflamado desde que a torcida mais uma vez assumiu para si o hino nacional. Enquanto o Mineirão cantava, ele balançava os companheiros. Era quase um aviso: "Hoje é comigo!"
Quando David Luiz puxou Lugano dentro da área e o árbitro chileno Enrique Osses deu pênalti, aos 12 minutos, o estádio silenciou. Coube ao goleiro, que tanto gosta do barulho dos torcedores, levá-los ao delírio ao defender no canto esquerdo. Julio deu seus passinhos à frente, saiu antes. Forlán foi mal. Olhou só para a bola. Se levantasse a cabeça, tocaria no outro canto e faria o gol.
Fred gol Brasil jogo Uruguai (Foto: Getty Images)De canela, Fred completa para o gol e abre o placar para o Brasil (Foto: Getty Images)
O Brasil levou mais de 20 minutos para chegar à área celeste. E quando conseguiu pouco fez. O Uruguai ficou menos com a bola, mas foi mais perigoso, como no belo chute de Forlán que passou ao lado do gol. O “1” e o “9” estavam fora do jogo. Julio orientava e pedia concentração. Fred se esforçava para compor a marcação e rezava por uma bolinha. Uma só...
E bastou que ela passasse pelos pés de quem a trata melhor para chegar ao centroavante. O lançamento de Paulinho, o domínio e o chute de Neymar entortaram a firme marcação dos bicampeões mundiais. Muslera defendeu a primeira tentativa, mas ela sobrou para Fred. Quietinho, mineirinho, no lugar certo como sempre. Certeiro como sempre: 1 a 0.
Como todo bom Brasil x Uruguai, o primeiro tempo teve um chute de Luiz Gustavo no estômago de Rodríguez, a camisa esgarçada de Lugano e o nariz de Paulinho sangrando. O segundo tempo prometia.
Neymar beijo Brasil Uruguai 2 (Foto: Reprodução SporTV)Neymar manda beijo para González antes de
cobrar escanteio (Foto: Reprodução SporTV)
O beijo, o passe e o gol
Prometia mesmo! Quem resolveu comer o famoso tropeiro no intervalo pode ter perdido o gol de Cavani. Até então, ele brilhara mais na marcação do que no ataque. Mas, aos dois minutos da etapa final, ele não perdoou o vacilo coletivo da defesa, em que David Luiz errou o chutão, Thiago Silva tentou sair jogando em lugar errado e Marcelo perdeu a bola. Nem o homem de vermelho seria capaz de impedir. Tudo igual no Mineirão: 1 a 1.
O Monstro se redimiu logo em seguida ao evitar que a bola de Suárez chegasse à cabeça de Forlán. A cor do jogo no momento era celeste. O som do Mineirão era um bom termômetro. E ele saiu do silêncio para ir quase abaixo quando Felipão chamou Bernard, xodó do Atlético. Hulk saiu vaiado pela primeira vez na Copa das Confederações.
Entre um sufoco e outro, um quase gol contra de Thiago Silva, e bolas e mais bolas levantadas por Forlán, o melhor jogador da última Copa do Mundo, Bernard achou Fred. Ele, que sempre espera por uma chance, dessa vez não aproveitou e chutou por cima. Absolutamente tudo poderia acontecer.
A entrada do pupilo de Felipão melhorou a Seleção. Até surgiu uma tabela, raríssima até então. A boa jogada de Neymar e Oscar parou nas mãos de Muslera.
Cavani gol Uruguai Brasil Mineirão (Foto: Reuters)Cavani festeja: artilheiro empatou o jogo para o Uruguaio no início do segundo tempo (Foto: Reuters)
Os minutos passavam cada vez mais rapidamente e a vontade de ganhar se tornou medo de perder. Principalmente depois que um chute desviado de Cavani passou rente à trave de Julio César. Mas Neymar ainda precisava retribuir o lançamento de Paulinho. Aquele, perfeito, que originou o gol no primeiro tempo.
Foram duas cobranças de escanteio. Na primeira, Neymar foi provocado por Alvaro González e mandou beijinhos ao uruguaio. Na segunda, aos 40 minutos, mandou um golpe no peito de toda Celeste, uma bola na cabeça de Paulinho. A cabeça, que tantas alegrias já deu ao Corinthians, dessa vez alegrou o Brasil. E o camisa 10, com a "dívida" paga, deixou o gramado nos acréscimos, aplaudido no mesmo estádio que o vaiou no amistoso contra o Chile, há dois meses.
Agora, só falta um jogo! E que venha a Espanha...
Paulinho gol Brasil Uruguai (Foto: Reuters)Jogadores vibram com a torcida após a classificação (Foto: Reuters)
estatísticas
BRA
URU
faltas cometidas
  • 14
    faltas cometidas
    • Daniel Alves 3
    • Marcelo 2
    • David Luiz 2
    • Luiz Gustavo 2
    • Thiago Silva 1
    • Hulk 1
    • Neymar 1
    • Oscar 1
    • Bernard 1
  • 24
    faltas cometidas
    • Maxi Pereira 6
    • Cavani 5
    • Luis Suárez 3
    • Cristian Rodríguez 3
    • Forlán 2
    • Arévalo 2
    • Lugano 1
    • Godín 1
    • Álvaro González 1
passes errados
  • 29
    passes errados
    • Daniel Alves 5
    • Hulk 5
    • Neymar 5
    • Thiago Silva 3
    • Fred 3
    • Marcelo 2
    • David Luiz 2
    • Luiz Gustavo 2
    • Oscar 1
    • Paulinho 1
  • 13
    passes errados
    • Arévalo 3
    • Cavani 3
    • Luis Suárez 3
    • Lugano 1
    • Forlán 1
    • Gargano 1
    • Godín 1
finalizações | 14 - 7
  • na trave
    1
  • foi gol2 - 1
    2
  • defendida5 - 2
    3
  • bloqueada0 - 1
    4
  • para fora7 - 3
    5
assistências realizadas
  • 1
    assistências realizadas
    • Neymar 1
  • 0
defesas difíceis
  • 1
    defesas difíceis
    • Julio César 1
  • 1
    defesas difíceis
    • Muslera 1
gols da partida | 2 - 1
  • cabeceio dentro da área1
      • Paulinho
    item 1
  • chute dentro da área1 - 1
      • Fred
      • Cavani
    item 3
impedimentos marcados
  • 0
  • 2
    impedimentos marcados
    • Forlán 1
    • Luis Suárez 1
roubadas de bola
10
ladrões
  • Hernanes 2
  • Fred 1
  • Marcelo 1
  • Daniel Alves 1
  • Hulk 1
  • David Luiz 1
  • Neymar 1
  • Oscar 1
  • Bernard 1
10
ladrões
  • Martín Cáceres 2
  • Cavani 2
  • Luis Suárez 2
  • Lugano 1
  • Arévalo 1
  • Maxi Pereira 1
  • Cristian Rodríguez 1

  • FC faltas cometidas
  • FR faltas recebidas
  • PE passes errados
  • F finalizações
  • RB roubadas de bola
  • A assistências
  • D / I defesas dificeis ou impedimentos
  • maior item melhor resultado
  • menor item pior resultado

 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Itália é vaiada e sofre, mas vence o Japão, que dá olé

A Itália sofreu, foi vaiada e não brilhou. O Japão deu show, ouviu a torcida em Recife gritar 'olé', encantou o público...

A Itália sofreu, foi vaiada e não brilhou. O Japão deu show, ouviu a torcida em Recife gritar 'olé', encantou o público. A Itália venceu criticada; o Japão perdeu ovacionado. Itália 4 x 3 Japão. A Arena Pernambuco viu um jogo histórico, o melhor até agora da Copa das Confederações.





Um jogo de dois treinadores italianos, que poderia ter sido uma aula de catenaccio, de jogo defensivo, de futebol feio. Mas foi movimentado, repleto de boas jogadas ofensivas, e, também, de falhas da defesa.
Os japoneses fizeram 30 minutos primorosos no primeiro tempo e outros 20 no segundo. A Itália fez quatro gols. No fim da partida, os torcedores gritaram "Japão, Japão". Era o reconhecimento à luta dos japoneses. O empate talvez fosse um resultado mais justo. Mas não há justiça no futebol.
O Japão está fora da Copa das Confederações. Com duas derroas e zero ponto, o time agora enfrenta o México, no sábado, em Belo Horizonte, apenas para cumprir tabela. A Itália, com seis pontos, enfrenta o Brasil, em Salvador, na luta pelo primeiro lugar na chave.
O jogo
O treinador da Itália, Cesare Prandelli, começou a partida com duas mudanças em relação à vitória por 2 a 1 sobre o México, no sábado. O lateral-direito Abate deu lugar a Maggio, e Marchisio saiu para a entrada de Aquilani.
A escalação só foi confirmada nesta quarta-feira, porque Prandelli não queria dar armas a Alberto Zaccheroni, com receio de que o treinador da seleção japonesa, também italiano, pudesse armar uma equipe que neutralizasse as ações da Azzurra.
O mistério não adiantou. Bem postados em campo, trocando passes com calma e errando pouco, os japoneses dominaram o início da partida. A Itália, tão experiente em decisões, estava assustada - o Japão marcava a saída de bola e levava perigo.
O primeiro gol da partida poderia ter saído aos 5 minutos, quando Maeda cabeceou na linha da pequena área, e o Buffon fez ótima defesa; ou aos 7, no chute de Endo, aos 16, quando Buffon pulou bem para defender um chuta de Kagawa, de fora da área.
O Japão era melhor, mas o lance que ocasionou o primeiro gol foi um pênalti inexistente. Após falha de De Siglio em um recuo de bola, Buffon dividiu com Okazaki - o árbitro argentino Diego Abal assinalou a falta dentro da área. Na cobrança da penalidade, Honda fez 1 a 0.
A Itália parecia perdida em campo e, logo aos 30 minutos, Prandelli mostrou que a estratégia para o jogo não havia funcionado: ele tirou Aquilani, uma das novidades da equipe, para colocar Giovinco.
Aos 33 minutos, a defesa italiana falhou novamente. Após uma cruzamento na área, a bola passou por entre Chielini e Montolivo. Kagawa, em posição legal, pegou de virada, de primeira, marcando um belo gol.
O Japão vencia por 2 a 0. E a torcida na Arena Pernambuco gritava Olé. Um grito muito maior do que o ouvido na vitória da Espanha sobre o Uruguai, no domingo. O Japão ganhava o jogo e a torcida brasileira.
A reação italiana demorou, mas aconteceu. Perdendo por diferença de dois gols, os tetracampeões finalmente entraram na partida. Aos 41 minutos, em cobrança de escanteio, Pirlo cruzou na cabeça de De Rossi, que desviou sem chances para o goleiro Kawashima. Aos 45, Balotelli - até então adormecido na partida - tocou de cabeça para Giacherini, que chutou na trave.
A pressão italiana do fim da primeira etapa repetiu-se no início do segundo tempo. Jogando com seus meio-campistas avançados e marcando a saída de bola, a equipe de Cesare Prandelli acuava os japoneses, à procura de uma chance para empatar.
A chance não demorou. Aos 4 minutos, Yoshida tentou proteger a bola na linha de fundo, mas acabou perdendo a posse para Giaccherini, que cruzou para o meio da área. Uchida tentou afastar e marcou contra.
O gol deu ainda mais ânimo aos italianos, ao passo que os japoneses pareciam assustados. Aos 6, Giovinco chutou de fora da área, a bola bateu nas pernas e depois no braço de Hasebe, e o árbitro argentino Diego Abal marcou pênalti. Na cobrança, Balotelli colocou a Itália à frente.
Os italianos tomaram o controle do placar, mas perderam o controle do jogo. E o Japão voltou ao ataque, embora não criasse muitas chances. Nem precisou de tantas. Aos 24 minutos, Endo cobrou falta na área, e Okazaki antecipou-se a Montolivo para concluir de cabeça, fazendo 3 a 3.
Dois minutos depois, Honda quase marcou um golaço. Depois de se livrar de três italianos, ele chutou para ótima defesa de Buffon. Aos 30, foi a vez de Hasebe criar grande oportunidade - o chute da entrada da área, de primeira, passou por sobre o gol.
O Japão voltava a mandar no jogo. E, aos 37 minutos, protagonizou um lance inacreditável: Okazaki, frente a frente com Buffon, chutou na trave; no rebote, Kagawa concluiu de cabeça. A bola bateu no travessão. 
A Arena Pernambuco pulsava aos gritos de Olé para os japoneses. 
Mas quem gritou, no fim, foi a Itália. Aos 40 minutos, Marchisio recebeu passe pela esquerda e tocou para Giovinco, livre e com o gol vazio, fazer o quarto dos italianos. 
Valente, o Japão buscou o empate e até balançou a rede com Yoshida, mas ele estava impedido. No fim, a torcida gritou pelo Japão novamente. Era o reconhecimento a um time bravo, valente e que jogou de igual para igual com a tetracampeã do mundo.
FICHA TÉCNICA:
ITÁLIA 4 x 3 JAPÃO
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Data: 19 de junho de 2013, quarta-feira
Horário: 19 horas (de Brasília)
Árbitro: Diego Abal (Argentina)
Assistentes: Juan Pablo Belatti e Hernan Maidana (Argentina)
Cartões amarelos: Buffon e De Rossi (Itália); Hasebe (Japão)
Gols:
ITÁLIA: De Rossi, aos 40 minutos do primeiro tempo; Uchida, contra, aos quatro, e Balotelli, aos sete, e Giovinco aos 40 minutos do segundo tempo
JAPÃO: Honda, aos 21, e Kagawa, aos 32 minutos do primeiro tempo; Okazaki, aos 23 minutos do segundo tempo
ITÁLIA: Buffon; Maggio (Abate), Chiellini, Barzagli e De Sciglio; Pirlo, De Rossi, Montolivo, Giaccherini (Marchisio) e Aquilani (Giovinco); Balotelli
Técnico: Cesare Prandelli
JAPÃO: Kawashima; Uchida (Sakai), Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe (Nakamura), Endo, Kagawa e Honda; Okazaki e Maeda (Havenaar)
Técnico: Alberto Zaccheroni

sábado, 15 de junho de 2013

Só seleção se salva na abertura da Copa das Confederações

Fora de campo, a Copa das Confederações começou péssima para o Brasil. Mas o time de Felipão, pelo menos, fez sua parte...


Com Neymar quebrando jejum de gols e uma boa exibição, a seleção venceu o Japão neste sábado, em Brasília, por 3 a 0 na abertura do torneio teste para o Mundial de 2014.
Num dia em que a distribuição de ingressos foi um caos, que o mundo viu a polícia reprimir com violência manifestantes na porta do estádio e uma vaia colossal para a presidente Dilma Rousseff, o time nacional pareceu mais pronto do que o país para um grande evento.
É verdade que a seleção venceu um rival desgastado e que teve pouco tempo para se adaptar ao fuso horário. O Japão jogou na última terça-feira no Qatar e só desembarcou em Brasília três dias antes da partida deste sábado.
O jogo não poderia ter começado melhor para a seleção e seu principal jogador.
Logo aos 3min, Marcelo cruzou, Fred ajeitou com o peito para Neymar chutar no ângulo e abrir o placar. O agora jogador do Barcelona não marcava um gol há mais de 800 minutos.
O golaço fez ele ter seu nome gritado por todo o estádio Mané Garrincha.E parecia a senha para um passeio do time de Felipão. Mas não foi bem assim
O Japão começou a pressionar o Brasil, e Júlio César mostrava insegurança, dando rebote em dois chutes nem tão perigosos assim. Com espaço para contraatacar, a seleção até teve chances para ampliar, mas Oscar, pouco inspirado, desta vez não era decisivo.
O entusiamos da torcida foi murchando, e até irritação houve quando o Brasil trocava passes em demasia no seu campo. E, como virou rotina nos jogos do time em casa, os pedidos por Lucas cresciam a cada vez que Hulk participava, e errava, do jogo.
Mas pelo menos o jogador do Zenit foi para o vestiário com um momento de aplauso, depois que, em belo chute, acertou a rede, pelo lado de fora, da meta japonesa.
Aos 43min, o Brasil teve a melhor chance de marcar o segundo, depois que Neymar lançou Fred, que chutou para defesa espetacular de Kawashima.
Segundo as estatísticas da Fifa, o jogo teve oito finalizações do Brasil no primeiro tempo e quatro dos japoneses.
O segundo tempo começou quase como um replay do primeiro, com o Brasil novamente marcando no terceiro minuto. Desta vez com o corintiano Paulinho, que dominou com categoria e chutou forte para balançar as redes após cruzamento da direita.
Dessa vez o Japão, com o craque Kagawa apagado, não mostrou o mesmo poder de reação da primeira etapa.
Neymar até ensaiou os dribles que lhe deram fama no Santos. Mas deste vez ele não ficou até o final do jogo. Aos 28min, ele foi o escolhido para a entrada de Lucas. Logo depois, foi a vez de Hernanes entrar no lugar de Hulk, que saiu aplaudido.
Antes do jogo acabar, Felipão tirou Fred, que desta vez passou em branco, para a entrada de Jô, que teve mais sorte: fechou o placar após receber de Oscar e chutar rasteiro.
E o time acabou o jogo ouvindo o olé da torcida ao trocar passes. E com chuva, fato bastante raro para essa época do ano na capital do país.
A seleção ainda treina no domingo em Brasília. A tarde, vai para Fortaleza, onde pega o México na próxima quarta-feira.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 3 X 0 JAPÃO
Data: sábado, 15 de junho de 2013
Local: Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Público: 67.426
Cartões Amarelos: Hasebe (JPN)
Gols: Neymar, aos 3min do primeiro tempo; Paulinho aos 3min e Jô, aos 48min do segundo tempo
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago SIlva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Neymar (Lucas), Fred (Jô) e Hulk (Hernanes)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Japão: Kawashima; Uchida, Konno, Yoshida e Nagatomo; Hasebe, Endo (Hosogai), Kiyotake (Maeda), Honda (Inui) e Kawaga; Okazaki
Técnico: Alberto Zaccheroni



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