Ao menos 74 mortes e mais de mil feridos - 150 deles em estado crítico. Esse é o saldo dos distúrbios ocorridos nesta quarta-feira na cidade de Port Said, no nordeste do Egito, após o jogo entre Al-Masry e Al Ahly, pelo Campeonato Egípcio. As informações são do Ministério da Saúde do Egito, conforme publicou o "Ahram Online", site de um dos mais importantes jornais do país. Ainda segundo o portal, 47 pessoas ligadas ao acidente foram detidas.
De acordo com Hisham Shiha, porta-voz do Ministério, a maioria dos feridos apresentava cortes profundos ou traumas. O tumulto começou após o fim do jogo, quando o campo foi invadido pelos torcedores dos dois times.
Empolgados com a vitória de virada sobre o atual campeão nacional por 3 a 1, torcedores do Al Masry, que já haviam paralisado a partida no meio do segundo tempo por conta de fogos de artifício lançados após a comemoração de um dos gols, invadiram o gramado e agrediram jogadores e comissão técnica do Al Ahly, que ainda não havia sido derrotado na temporada.
- Todos jogadores foram brutalmente agredidos – disse o lateral-direito Ahmed Fathi em entrevista por telefone ao portal “Ahram Online”, lembrando que a partida, marcada para 14h45 (horário de Brasília), começou com 15 minutos de atraso pelo fato de muitas pessoas, entre elas torcedores, estarem dentro do campo.
Com os jogadores refugiados, os torcedores do Al Masry, alguns deles armados com facas, partiram em direção aos fãs do Al Ahly, que eram visitantes, e a confusão piorou.
‘Um torcedor morreu na minha frente’
Os jogadores, que se refugiaram da confusão no vestiário em um primeiro momento - depois foram para um quartel do exército -, não esconderam o desespero na hora da tragédia.
- Pessoas morreram e estamos vendo corpos agora. Um torcedor morreu no vestiário na minha frente – disse o meia Mohamed Abou-Treika, aos gritos, durante entrevista à emissora oficial do Al Ahly.
O meia-atacante Mohamed Barakat reclamou da passividade dos policiais diante do caos.
- Não tinha ninguém para nos proteger. Mas acho que é a nossa culpa porque fomos a campo jogar a partida. As autoridades tinham medo de cancelar o campeonato porque eles só pensam em dinheiro. Eles não ligam para as vidas das pessoas – afirmou Mohamed Barakat, dando a entender que a liga local já sabia que o jogo era de risco.
Campeonato suspenso
O Al Ahly conta no elenco com o atacante brasileiro Fabio Junior, ex-Vasco e Flamengo. O jogador foi o autor do gol de honra da equipe, cujo treinador é o português Manuel José, na derrota para o rival.
De acordo com a agência de notícias "EFE", helicópteros do exército egípcio transportaram os feridos para hospitais da região e também ajudaram a retirar os jogadores do Al Ahly do estádio.
A Federação de Futebol do Egito anunciou que o campeonato nacional do país está suspenso por prazo indeterminado. O jogo entre Zamalek e Ismaily SC, que estava acontecendo na capital Cairo no mesmo momento do confronto entre Al Masry e Al Ahly, foi suspenso no intervalo por conta da tragédia em Port Said e, também, devido a um incêndio em um setor das arquibancadas que teria sido causado por foguetes lançados de forma errada por torcedores.
O Ministério da Justiça já acionou procuradores locais para investigarem os motivos da invasão e apontar os responsáveis. Por sua vez, o presidente do Parlamento egípcio, Saad al Katani, convocou uma reunião de urgência para debater os incidentes em Port Said.
De acordo com Hisham Shiha, porta-voz do Ministério, a maioria dos feridos apresentava cortes profundos ou traumas. O tumulto começou após o fim do jogo, quando o campo foi invadido pelos torcedores dos dois times.
Empolgados com a vitória de virada sobre o atual campeão nacional por 3 a 1, torcedores do Al Masry, que já haviam paralisado a partida no meio do segundo tempo por conta de fogos de artifício lançados após a comemoração de um dos gols, invadiram o gramado e agrediram jogadores e comissão técnica do Al Ahly, que ainda não havia sido derrotado na temporada.
- Todos jogadores foram brutalmente agredidos – disse o lateral-direito Ahmed Fathi em entrevista por telefone ao portal “Ahram Online”, lembrando que a partida, marcada para 14h45 (horário de Brasília), começou com 15 minutos de atraso pelo fato de muitas pessoas, entre elas torcedores, estarem dentro do campo.
Com os jogadores refugiados, os torcedores do Al Masry, alguns deles armados com facas, partiram em direção aos fãs do Al Ahly, que eram visitantes, e a confusão piorou.
‘Um torcedor morreu na minha frente’
Os jogadores, que se refugiaram da confusão no vestiário em um primeiro momento - depois foram para um quartel do exército -, não esconderam o desespero na hora da tragédia.
- Pessoas morreram e estamos vendo corpos agora. Um torcedor morreu no vestiário na minha frente – disse o meia Mohamed Abou-Treika, aos gritos, durante entrevista à emissora oficial do Al Ahly.
O meia-atacante Mohamed Barakat reclamou da passividade dos policiais diante do caos.
- Não tinha ninguém para nos proteger. Mas acho que é a nossa culpa porque fomos a campo jogar a partida. As autoridades tinham medo de cancelar o campeonato porque eles só pensam em dinheiro. Eles não ligam para as vidas das pessoas – afirmou Mohamed Barakat, dando a entender que a liga local já sabia que o jogo era de risco.
Campeonato suspenso
O Al Ahly conta no elenco com o atacante brasileiro Fabio Junior, ex-Vasco e Flamengo. O jogador foi o autor do gol de honra da equipe, cujo treinador é o português Manuel José, na derrota para o rival.
De acordo com a agência de notícias "EFE", helicópteros do exército egípcio transportaram os feridos para hospitais da região e também ajudaram a retirar os jogadores do Al Ahly do estádio.
A Federação de Futebol do Egito anunciou que o campeonato nacional do país está suspenso por prazo indeterminado. O jogo entre Zamalek e Ismaily SC, que estava acontecendo na capital Cairo no mesmo momento do confronto entre Al Masry e Al Ahly, foi suspenso no intervalo por conta da tragédia em Port Said e, também, devido a um incêndio em um setor das arquibancadas que teria sido causado por foguetes lançados de forma errada por torcedores.
O Ministério da Justiça já acionou procuradores locais para investigarem os motivos da invasão e apontar os responsáveis. Por sua vez, o presidente do Parlamento egípcio, Saad al Katani, convocou uma reunião de urgência para debater os incidentes em Port Said.
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